Tirone está meio sem rumo, mas Gilson Kleina conhece o caminho do futuro Palmeiras.
Luiz Ceará
Eu não posso dizer que não gosto do presidente do Palmeiras. Gosto dele pessoalmente. Uma pessoa educada. Sempre me recebeu bem. E é bom administrador. Ser bom presidente, entender profundamente de contratações, isso é outro papo. E não acho que ele teve culpa sozinho da queda. Tem água suja antiga na bacia.
Mas ontem eu senti que ele está acuado (e não poderia ser de outra forma) e sem rumo. Por que, quando você tem algo a dizer fala logo e sem rodeios. Ou se cala.
Então não entendi a coletiva de ontem na visita do Ministro Aldo Rebelo. Se for para Tirone dizer o que disse, ou seja, nada de importante, melhor não falar.
“O Tirone aqui – explicou falando dele mesmo – manteve o Felipão porque ele já imaginava e tinha certeza de que ele ia pra seleção. Já tinha certeza há muitos meses. Eu imaginava e podia até apostar que ele iria pra seleção. Ou seja, nós fizemos tudo certo. Felipe indiscutivelmente é o técnico que teria mais condições de ir pra seleção pelo trabalho que já tinha feito. Fizemos de tudo. Eu sou torcedor, minha família é torcedora, todo mundo torce. Mas o que posso pedir são desculpas por esse acidente. Acho que não foi merecido o Palmeiras ter ido pra Série B. Acho que foi um descuido”.
Essa frase explica o que para o futuro do Palmeiras?
Quando eu argumentei se ele poderia me explicar como ele pode dirigir a vida do clube até dia 21 de janeiro e depois deixar o clube? E se o presidente eleito não for ele? E se o novo presidente tiver na cabeça outro treinador e outros jogadores?
A resposta foi evasiva e inconclusiva. Disse nada e terminou com um… Posso até ser eu mesmo! Difícil.
Hoje Gilson Kleina foi muito bem no Globo Esporte quando disse que o Palmeiras não deve priorizar campeonato. Tem que ser forte no Paulista, na Libertadores e Série B do Brasileiro. Tem que ser competitivo. Grande.
È assim que deve pensar time que quer ser algo melhor que o Palmeiras deste ano.
Boa Kleina o rumo é esse.